quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Crônicas de Consultório (1)


Lápis e borracha na mão

Lápis e BorrachaDr. Fulano apanhou lápis, borracha, e pediu que eu sentasse na poltrona. Sentei. Mandou-me abrir a boca. Abri. Acendeu a luminária, ajustou-a sobre meu rosto e avisou: “Eu sou o dentista”. Com o lápis, examinou meus dentes: “Você está escovando direitinho!”. Ufa. Notou, porém, algo no primeiro molar. Passou a borracha. “Saiu”.
Já pensou? Dente torto redesenhado. Cárie apagada num piscar de olhos. E giz de cera branco na mácula deixada pelo cafezinho. Consultórios dentários funcionariam ao lado das papelarias. Seria a extinção dos motores, agulhas e cheiros esquisitos. borrachas
Ao final da breve consulta, ele me ofereceu um espelho. Não é que meu sorriso estava mesmo diferente?
 
Profª. Karla Giselle



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